Ao trabalhar com performance profissional e pessoal, demanda ter atenção a itens relacionados a saúde em todos os seus aspectos, origens e impactos.
A ansiedade é uma sensação típica de quem vive a vida com pensamento no futuro, pois a pessoa está preocupada com coisas que ainda nem aconteceram.
Engana-se quem acha que a ansiedade surgiu com o mundo moderno. Ela existe desde a muito tempo …
É um sentimento mais antigo e mais comum do que se possa imaginar. Se estamos vivos hoje é graças a esse sentimento, pois nos ajudou a ser cautelosos por séculos e séculos de evolução.
Os homens mais inquietos, atentos e ansiosos, tinham mais chances de sobreviver. Já os homens mais distraídos e menos ansiosos eram prezas fáceis.
E graças a esse mecanismo de sobrevivência que nos trouxe até aqui, herdamos a ansiedade. Fisiologicamente ela é uma resposta de antecipação do corpo. É natural e faz parte do sistema de defesa, que ativa o mecanismo luta ou fuga, que nos faz agir diante de ameaças.
As ameaças atuais não são mais como a dos nossos ancestrais. Hoje, quem se permite ficar ansioso o tempo todo, se torna seu maior predador.
O ansioso está em constante alerta por causa de uma situação que pode nem vir a acontecer e isso causa sofrimento.
É aquele famoso E SE…martelando na cabeça o tempo todo, comunicando e gerando pensamentos que desdobram em emoções ou ações, ou inações.
O ponto é que temos o poder de controlar nossos pensamentos, e mudar consequentemente os sentimentos, será que você consegue?
E se você tem o poder de controlar e não está fazendo, por isso te digo mais uma vez que hoje você é seu maior predador.
Varias situações são gatilhos para ansiedade, assim como potencializam esta emoção ou até trazem uma certa “normalidade”nesta sensação como:
- Falar em público;
- Expectativa para datas importantes;
- Entrevistas de emprego;
- Vésperas de provas;
- Exames de saúde;
- Relacionamentos pessoais;
- Entre outras….
O corpo, quando expostos a estas situações, libera adrenalina que aumenta batimento cardíaco (taquicardia), aumenta a respiração que causa falta de ar, esta falta de ar pode por vezes causar tontura. Também inibem o sistema digestivo e deixam a boca seca, fazendo o corpo trabalhar para evitar um hiperaquecimento liberando assim o suor.
Sinais da preparação lutar ou fugir. Está tudo dentro do normal.
A questão é quando acontece sem objetivo, sem uma real ameaça ou com frequência e intensidades desproporcionais as situações, submetendo o corpo a isso tudo à toa.
Medo e Ansiedade
Fazendo um paralelo entre o medo e ansiedade. O medo faz parte da ansiedade. Por exemplo: quem teme constantemente ser assaltado vive ansioso quando sai para a rua. Porém, caso o assalto não ocorra, naquele momento o que a pessoa sente é somente o medo.
Ambos surgem na mesma área do cérebro que cuida do mecanismo de defesa e que analisam o mundo à volta procurando ameaças e registram os perigos para evitar riscos futuros.
A diferença está na distancia do perigo.
Ansiedade -> preocupação com o futuro.
Medo – > a preocupação está próxima.
Corpo e mente estão conectadas e quando se trata de ansiedade, por estarmos no controle, temos o poder de agir racionalmente e traçar um plano para eliminar o perigo. Já com o medo, temos as mesmas reações dos nossos ancestrais. Ativamos o mecanismo luta ou fuga e numa fração de segundos decidimos, pois isso nos protege de qualquer risco eminente.
A nossa maneira de pensar influencia muito na ansiedade. Se a pessoa é mais negativa, catastrófica e imagina que as coisas vão dar errado o tempo todo é bem provável que ela viva ansiosa.
Perceba que começa no pensamento (mente) e afeta o corpo.
Segundo a OMS, o Brasil é o país mais ansioso do mundo e a ansiedade tem sido chamada de o Mal do Século.
Hoje, somos mais preocupados, pois antigamente não tínhamos acesso à tanta informação e nem tantas decisões e ações, tudo muito e demais, típicos sociedades modernas que possui muitos excessos.
O volume de informação disponível e facilmente acessado satura a mente e impede a absorção de informação, dificulta o aprendizado e altera a construção de pensamentos.
Estamos hiper conectados, a informação chega a qualquer canto e de todo lugar numa velocidade muito rápida. E isso fez com que uma simples mensagem não respondida em poucos minutos gere uma ansiedade tremenda.
Uma ansiedade que é vivida de forma intensa e frequente, pode se tornar patológica. Temos como exemplo: Fobias, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Transtorno de estresse Pós-traumático (TEPT), Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). Essas pessoas precisam ser medicadas.
Então vamos entender agora o que é comum nas pessoas hoje em dia, mas não é normal. E pode indicar que a ansiedade deixou de ser aquela ansiedade para te proteger e já pode ser patológica.
Impacto psicológico:
- Enxergar perigo em tudo;
- Busca de prazeres momentâneos: açúcar, jogos eletrônicos, Netflix (fuga);
- Alterações de sono;
- Preocupação em excesso;
- Ficar à beira de um ataque de nervos;
- Conviver com medos irracionais (o problema é real?)
- Apresentar inquietação constante;
- Perder concentração;
- Irritabilidade;
- Perda de autoconfiança;
- Pensamento obsessivo (negativo);
- Diminui capacidade de aprender corretamente e recordar com precisão;
- A capacidade intelectual é atingida, pois diminui capacidade de pensar com clareza e julgar adequadamente.
Num estágio muito evoluído pode levar ao Estresse e Depressão (Brasil é o 5° país no mundo no ranking da Depressão).
É necessário que você perceba os sinais do seu corpo e encare os sintomas acima como comum, mas não normal, cuidar de si e atentar-se para não passar do ponto.
E quando você passou do ponto?
Quando sua saúde emocional, relações pessoais e profissionais, inteligência, cognição e resultados estão comprometidos é sinal que já passou do ponto.
Essa linha de quando passa do ponto ou quanto está na normalidade é muito tênue e varia de uma pessoa para outra, importante é perceber os sinais do corpo, se conhecer e se entender.
O médico ou um especialista precisam ser procurados nesse momento, o problema é que muitas pessoas tomam remédio para dormir, remédio para se manter acordadas e tudo isso sem o médico.
E fazendo uma reflexão aqui: quando você tem febre, se você só a tratar que é um sintoma, ela pode desaparecer sem nem sequer você saber a causa. E isso pode até mascarar uma doença.
O desafio quando se trata de ansiedade é não apenas tratar o sintoma, mas também identificar o motivo dessa inquietação, o qual chamamos de gatilho.
Não é normal viver uma vida toda tomando remédio. Pode ser necessário por um determinado momento. Mas descoberta e trabalhada a causa, o médico aos poucos vai tirando a medicação.
Na maioria das vezes a ansiedade diminui quando há um enfrentamento direto do problema.
Quer aprender a ver de forma correta os acontecimentos e dar os devidos significados a eles?
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